Curar é Mais Importante que Regras Morais: O que Jesus nos Ensina sobre a Cannabis Medicinal
- Jackson Dias

- 29 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de abr.

A Verdadeira Lei é o Amor
Ao longo dos evangelhos, vemos que Jesus foi criticado muitas vezes pelos fariseus por curar em dias considerados sagrados.
Mesmo diante das acusações, Jesus deixava claro: o amor ao próximo é maior do que qualquer regra.
Ele questionava:
> "É lícito no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou deixá-la perecer?" (Marcos 3:4)
A mensagem é simples e poderosa:
Salvar, curar e amar nunca são erros.
Quando a Fé se Torna Obstáculo para a Cura
Infelizmente, ainda hoje, muitos cristãos e conservadores — às vezes por falta de informação — levantam barreiras contra práticas médicas modernas, como a medicina endocanabinoide.
A utilização de derivados da cannabis para tratamentos médicos (como em casos de epilepsia, dores crônicas, câncer, transtornos neurológicos, autismo, fibromialgia e muitas outras condições e doenças) é cercada de preconceito. Mesmo sendo respaldada por pesquisas científicas sérias, há quem a rejeite sem sequer ouvir os relatos de vidas transformadas por essas terapias.
Assim como no tempo de Jesus, a rigidez no entendimento pode impedir a compaixão e o socorro a quem sofre.

Fé e Ciência Não São Inimigas: A cannabis não é uma vilã
A ciência, quando está a serviço da vida e da dignidade humana, é também expressão do cuidado de Deus.
Os avanços na medicina endocanabinoide representam esperança para famílias que lutam contra doenças graves e limitantes.
Jesus mostrou que fazer o bem deve ser prioridade. Se Ele curava mesmo quando as tradições diziam "não", como podemos hoje recusar uma ferramenta de cura que foi descoberta graças à inteligência e à graça concedida pelo Criador?
Contexto bioético e o preconceito em torno da cannabis medicinal
Sob a perspectiva da bioética, especialmente à luz dos princípios da beneficência e da autonomia, é essencial que os profissionais da saúde considerem todas as possibilidades terapêuticas seguras e eficazes disponíveis – inclusive a medicina endocanabinoide. A recusa infundada ou ideológica de explorar o potencial terapêutico da cannabis medicinal pode representar não apenas uma omissão clínica, mas uma falha ética ao negligenciar alternativas que poderiam melhorar a qualidade de vida de muitos pacientes.
É curioso observar que outros fitoterápicos amplamente utilizados – alguns com efeitos colaterais sérios e interações medicamentosas perigosas – raramente enfrentam resistência no meio clínico ou entre pacientes. Muitos desses compostos são prescritos livremente, mesmo em situações onde o risco é significativo. No entanto, quando se trata da cannabis medicinal, ainda existe uma barreira moral e social que dificulta sua aceitação, mesmo quando a ciência demonstra seus benefícios com evidência robusta.
Esse preconceito, em grande parte, não se limita aos profissionais da saúde mais conservadores. Ele se estende também à liderança de muitas igrejas, a comunidades religiosas e até aos próprios pacientes, que frequentemente associam a cannabis exclusivamente ao uso recreativo e à marginalidade. Esse imaginário coletivo, historicamente construído, contribui para que muitas pessoas deixem de se beneficiar de um recurso terapêutico legítimo por falta de informação ou medo de julgamento.
A bioética nos convida a romper com esses paradigmas e nos chama à responsabilidade de olhar para o sofrimento humano com empatia e compromisso científico. Não se trata de promover o uso indiscriminado da cannabis, mas de reconhecer sua utilidade clínica com base em critérios técnicos e éticos, deixando de lado estigmas que impedem avanços no cuidado à saúde.
Conclusão: O Amor Sempre Será o Caminho
No final, a grande lição de Jesus é esta:
A compaixão é mais importante do que a tradição.
A cura é mais urgente do que o preconceito.
O amor é a verdadeira lei.
Que nós, como sociedade, sejamos capazes de enxergar além dos preconceitos e abraçar tudo aquilo que promove a vida — inclusive a medicina endocanabinoide, quando usada com responsabilidade e amor.
Quer entender mais sobre medicina endocanabinoide e terapias integrativas?
Acompanhe o blog da Life Therapies e fique por dentro de como ciência, compaixão e fé podem caminhar juntas para construir um futuro mais saudável.
Referências
1. Epilepsia (síndrome de Dravet, ensaio clínico NEJM):
2. TDAH (estudo sobre cannabis e sintomas de TDAH):
3. Ansiedade generalizada (revisão sobre CBD e ansiedade):
4. Fibromialgia (estudo sobre eficácia da cannabis):
5. Câncer (artigo de revisão sobre canabinoides e câncer):
6. Esclerose Múltipla (matéria com base científica da Amigos Múltiplos):
7. Uso de cannabis e canabinoides no transtorno do espectro autista: uma revisão sistemática:




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